quinta-feira, 21 de maio de 2009

Desencontros

Junho 2007: O verão chegou e os amantes falavam-se todos os dias, ele só queria falar com ela e vice-versa. Falavam de tudo e de todas as maneiras, na maioria do tempo ele nem se lembrava que tinha namorada, a borboleta era tudo o que lhe interessava. Sabiam todos os passos um do outro, eram confidentes, amigos e portadores daquele sentimento que todos procuram mas nem todos encontram. Estão a perguntar-se porque é que ele não acabava com a namorada e corria para os braços da borboleta? Pois, também ele se perguntava. Que impedimento poderia existir se ambos se amavam? Sinceramente acho que um - fica comigo! - era tudo o que queria ouvir, mas ela nunca foi capaz de o dizer. Estão, também agora, a perguntar-se porque ela nunca o disse? Nem ela sabe! Sente que o quer bem perto, que precisa dele para ser feliz, para se sentir completa mas assim que ele se aproxima, entregando-se de alma e coração, ela fica assustada. Há algo de diferente neste amor, algo irreal que a faz ter medo. Há quem diga que é platónico e que quando se beijarem pela primeira vez a magia acabará... Toda a gente o criticava, acusavam-no de comodismo e de estar a brincar com os sentimentos de outra pessoa mas, no entanto, ele sempre a fez feliz, realizando as suas vontades, em troca recebia tudo o que precisava: amor, carinho, atenção, dedicação... Muitos encontros e desencontros existiram nestas duas almas transportadoras de algo tão belo e genuíno, mas desta vez afastaram-se durante tempo suficiente para conseguirem guardar na gavetinha da memória mais profunda as suas recordações. Será que permanecerão lá? Ou será que ao primeiro reencontro tudo mudará?

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